Pesquisas de confederações e entidades sugerem que o País começa a trilhar o caminho da recuperação
A economia começa a reunir as condições necessárias para voltar a crescer e a gerar emprego e renda. Indicadores importantes, que funcionam como um termômetro da saúde do País, têm avançado fortemente na direção de um cenário mais positivo.
Essa melhora, que passa a se refletir em geração de riqueza, tem na confiança de empresas e de famílias seu principal combustível. Pesquisas realizadas por instituições de ensino e entidades representativas mostram empresários e consumidores cada vez mais otimistas.
Em outubro, a confiança do consumidor, medida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aumentou pelo quarto mês consecutivo ao subir 1,3% frente a setembro. Com esse desempenho, o indicador atingiu os 104,4 pontos. A última vez que o índice registrou crescimento por quatro meses consecutivos foi entre maio e agosto de 2010.
Praticamente todos os componentes dessa pesquisa de confiança cresceram entre setembro e outubro. Segundo a CNI, os consumidores estão mais otimistas com as expectativas de inflação, de emprego, de renda pessoal, com a expectativa de compras de bens de maior valor, com endividamento e com a situação financeira.
Comércio
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) também faz uma pesquisa de confiança, mas do empresário do comércio. Esse levantamento também mostra avanço expressivo nos últimos meses. Em outubro, esse indicador subiu 1% contra setembro e 18,7% frente a igual mês do ano passado.
Esse resultado, de acordo com a confederação, foi influenciado pela melhora na avaliação das condições correntes, nas expectativas de curto prazo e nas intenções de investimento. Isso também significa que os empresários do comércio começam a ver um cenário melhor para o futuro e, em breve, podem tirar projetos da gaveta e contratar mais empregados.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) também desenvolve pesquisas nessa linha. As de outubro, sobre expectativas do comércio e do consumidor, também mostraram elevações expressivas. O Índice de Confiança do Consumidor subiu 1,8 ponto no mês, depois de seis altas seguidas, e atingiu o maior nível desde dezembro de 2014.
A importância da confiança na economia
Segundo economistas e analistas, confiança é fundamental para o funcionamento da economia. Sem ela, o trabalhador não planeja o futuro e adia suas compras e investimentos. Se muitos trabalhadores deixam de comprar, o comércio e a indústria vendem menos.
Nesse ciclo, caso as empresas também percam a confiança, também adiam planos e investimentos. Se elas projetam queda nas vendas, deixam de tirar projetos da gaveta e, em última instância, podem até demitir.
Os indicadores divulgados nos últimos meses sugerem que o País está próximo de um ponto de virada. Com o ganho de confiança, a expectativa é de que mais investimentos sejam realizados e de que a economia volte a crescer.
Diante das medidas adotadas pelo governo para reorganizar a economia, como a proposta que cria um limite para o teto dos gastos, até as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) começaram a melhorar. A projeção do mercado financeiro, agora, é de que o Brasil vá crescer algo ao redor de 1,3% no próximo ano.
Fonte: Portal Brasil, com informações da CNI, CNC, FGV e Banco Central